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Pesquisa mostra evolução do varejo de calçados nos últimos anos

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Cerca de 170 lojistas, industriais e representantes acompanharam neste domingo a apresentação da 3ª edição da pesquisa Perfil do Varejo Brasileiro do Calçado, realizada pela Couromoda e que mostra a evolução do comércio calçadista entre os anos de 2014 (quando foi feita a 2ª edição) e 2018.

Na saudação de abertura, o presidente e fundador da Couromoda, Francisco Santos, destacou o objetivo de oportunizar informações atualizadas sobre o varejo aos participantes e seu otimismo quanto ao desempenho da feira deste e dos próximos anos. “Esta é uma edição de acordo com a realidade do mercado, bem-feita e que segue o caminho de recuperação econômica que se evidencia com o novo momento do Brasil. Certamente vamos voltar a encher os pavilhões e proporcionar oportunidades de negócios a fabricantes e lojistas de todo o Brasil como nos melhores tempos”, disse.

Na sequência, o diretor do Fórum Couromoda e coordenador da pesquisa, Airton Manoel Dias, iniciou a apresentação dos resultados desta edição, que envolveu 467 respostas positivas (lojas participantes) e 2.251 pontos de vendas em 22 Estados brasileiros.

Um dos destaques da pesquisa de 2018 é que 50,3% das lojas participantes têm apenas um ponto de venda, outras 35,3% têm de dois a cinco e 8,4% compreendem de seis a dez unidades. “Isso significa que 94% da rede comercial brasileira de calçados é formada por empresas que compreendem de um a dez pontos de vendas, o que exige atenção especial por parte dos fabricantes para atender a todos de melhor maneira possível”, afirmou Airton Manoel Dias.

Outra revelação da pesquisa é a formação de redes estaduais e nacionais de lojas, totalizando, respectivamente, 213 e 19, um fenômeno recente que muda a política de comercialização das indústrias e das próprias empresas varejistas, haja vista a localização de suas lojas em diferentes estados.

No âmbito de gestão, o varejo de calçados revela grande evolução em relação a 2014. Hoje, 30% das lojas já utilizam sistemas próprios, 23% fazem uso de planilhas de Excel e 34% empregam programas desenvolvidos por terceiros. “O tradicional caderno de clientes é cada vez menos usado, pois os sistemas atuais permitem ter informações sempre atualizadas e tomar decisões de forma rápida e assertiva”, explicou Manoel Dias.

Muito importante para a saúde financeira das lojas, o mark-up inicial médio também teve mudanças significativas. Em 2014, era de 116%, em média. Em 2018, chegou a 120%. Resultado expressivo também foi apresentado pelo giro de estoque. Dos 117 dias, em média, em 2014, caiu no ano passado para 86 dias.

“A Couromoda, ao disponibilizar esta nova edição da pesquisa, quer promover o fortalecimento das relações comerciais e do mercado interno, envolvendo indústrias, varejistas e representantes”, finalizou Airton Manoel Dias.

Os resultados integrais da pesquisa serão disponibilizados no Portal Couromoda na próxima semana